quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Enny Scott em O Novo Mundo


Prólogo
Sentada em uma cadeira fria de aço, sentia minha alma vazia. Remexi-me, percebendo que tanto meus tornozelos quanto pulsos estavam muito bem amarrados. O desespero dominou meu corpo que antes se encontrava em estado de torpor. O grito engasgado em minha garganta disputava uma corrida acirrada com o choro inconsolável.
Onde eu estava? Quem me prendera ali?
Não! NÃO! Aquilo não era real! Era uma visão! Mais uma alucinação. Porém nenhuma fora tão real. Frio. Pelo meu conhecimento deveria estar fazendo uns treze graus, mas meu tremor vinha de outras razões. Um toque suave em meu braço, porém firme. A pessoa não se atingiu pela minha surpresa.
O grito ganhou vez e saiu de modo horripilante. Os dedos longos percorreram o caminho da minha clavícula até a mandíbula em milésimos de segundo. Sentia-me como uma escrava sendo analisada antes de tabelarem um preço para a venda. Apesar de tudo, nada conseguia sair pela minha boca exceto o gemido de temor.
- Ele mentiu para mim. Ela ainda vive. Rastreia-a
Passou um segundo antes de voltar a escutar uma voz sussurrando algo que me parecia um pedido de desculpas. O homem que ordenava fez um barulho estranho antes de me arrancar da cadeira, retirar a venda e me jogar ao chão. Olhei-o, mas o ambiente era escuro demais para que conseguisse enxergar mais do que sua silhueta. Encolhi-me.
- Ora! É isso que me apresentam! Uma criança indefesa!
A mão pesada se chocou contra minha face, derrubando-me ao chão. Comecei a choramingar, tentando fugir daquela pessoa arrastando-me no chão. Em poucos passos ele me alcançou, ficando de cócoras e segurando meu pescoço para levantar minha face. Tive um leve reflexo de seus olhos acinzentados que formavam duas linhas quase perfeitamente retas em sua face. Era um olhar psicótico, assassino.
- Eu vou matar você no fim de tudo isso. Entendeu? – Ele estava tirando vantagem ao ver minha face molhada pelas lágrimas – É uma criança burra e patética. Tanto quanto toda sua família covarde. No final, toda essa escória estará morta.
Juntei todas as minhas forças para cuspir na face daquele ser repugnante. Acertei com contentamento o seu olho. Ele limpou com paciência o líquido espumoso de sua face antes de me jogar ao chão novamente. O homem chutou minha barriga e eu senti o gosto de sangue em minha boca. Então ouvi o barulho de metal, instantaneamente ficando arrepiada – cada nervo meu me dizia para correr, porém meus músculos não reagiam.
- Vamos começar logo pela vermezinha. – vi o brilho metálico de uma lança acima de sua cabeça. Uma faca, concluí alarmada. Então ela desceu...
Sobressaltei-me, acordando daquele sonho completamente sem ar. Minhas mãos tremiam freneticamente e lágrimas desciam abruptamente pela minha face sem mesmo que eu me desse conta que estava chorando. Percebi manchas em meu travesseiro, pelo cheiro eram de sangue. Sabia que o barulho que fazia era grande demais, mas não pude me controlar devido ao medo. Como consequência minha irmã acordou.
- Maninha. Você está bem? – fiquei calada tentando me recompor – Enny?
- Sim. – Não. Não poderia estar pior. As visões precisavam parar. Agora nem meus sonhos eu teria paz. Quanto mais suportaria viver desconectada com o mundo real? No início elas me diziam algo que ia acontecer, mas agora... Por que todas elas sempre me mostravam minha morte? – Só tive um pesadelo. – disse após um tempo.
Minha irmã se levantou da cama, veio até a minha, pediu para eu afastar e se deitou ao meu lado, segurando minhas mãos – enrolando nossos dedos. Seu sorriso era doce, reconfortante e parecia afugentar meus medos.
- Não se preocupe. Por pior que seja um pesadelo, você sempre acordará.
- Espero, mana. – falei entre o choro e ela me abraçou ainda mais forte.
Quem diria que em algumas horas aquela frase se tornaria o mantra de uma nova e perigosa vida na qual eu nem sonharia que poderia acontecer.

sábado, 16 de junho de 2012

Nada

Alguém além de mim já pensou em abandonar tudo?
Não, não. Não me reviro a morte, mas ao esquecimento. Querer, nem por um mísero segundo, ter uma vida completamente diferente em uma lugar completamente diferente com amigos completamente diferentes e sendo alguém que não seja você mesmo. Isso soa como loucura?

Esquecer tudo e a todos, ter algo diferente do que se tem. Seria o cúmulo da ambição? Aparenta-me isso, mas pouco me importa. O desejo é mais forte do que o "politicamente correto".

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Um recado aos 16 anos


      “Anos se passaram desde o começo. Aprendi tanto, muito mais do que achei que fosse capaz. Logo entendi que não adianta ser o melhor – com resultados excelentes, sendo o preferido dos professores ou do chefe – se no final do dia não conseguir descansar sua mente na certeza do que foi feito é justo.
      Prefiro ser burra a me gabar; humilde a sádica; feliz na convicção de amigos verdadeiros do que triste nas mentiras daqueles que só nos depreciam. A vida é curta, não se pode dar ao luxo de desperdiçar cada minuto com suposições, hipóteses ou arrependimentos, mas na certeza de tomar uma atitude.
       Aprendi que não há bem e mal, tudo é uma questão de ponto de vista e que em todos há presença desses dois lados. Somos ambíguos quando falamos de caridade – devoção em alguns casos – e ainda não conseguimos ajudar o sofrimento de alguém só porque não gostamos dela. Até o pior inimigo merece nosso apoio e respeito, uma prova de que não somo inferiores a essa pessoa, porém que somos certos em caráter para fazer o que pregamos.
(...)
      Que cada vez mais tentamos criar barreiras para nos diferenciar. Desses eu tenho pena. Um negro, branco, pobre, rico, islâmico, evangélico, ateu, pastafarianos – sim, existe uma religião que se crê no Monstro do Espaguete Voador -, em sumo, todos somos iguais. Que religião e dinheiro não definem caráter, se fosse assim não existiriam tantos exemplos de pessoas acusadas de crimes hediondos e que servem a um deus.
       Comecei a acreditar que um homem pode sim mudar o mundo, primeiramente mudando a si. Uma pessoa, quando domina o que faz, pode influenciar multidões. Há exemplos constantemente na história. Aqueles que dizem que não somos capazes são pessoas frustradas porque não foram capazes de lutar porque qualquer um pode se esforçar para chegar ao seu destino.
      Que vão existir sim dias ruins, horríveis e eles irão ocupar mais tempo em nossas vidas do que os felizes. Porém não vale acumular tristeza e sim os bons momentos, caso contrário nossa vida não terá sentido. Os piores momentos podem ser amenizados se não nos preocuparmos tanto com o problema e sim com o que ele nos trouxe de bom – entendo muito bem a dificuldade de ver esse lado.
       E por fim, que não importa onde estivermos tudo fica melhor quando há alguém que amamos. Um amigo, um namorado, familiar. Eles são as luzes nas trevas, os ares mais doces dos campos e nosso porto seguro. Alguns se vão pelas nossas escolhas ou simplesmente pelo tempo. Mas sempre haverá aquelas que estarão conosco mesmo que nem percebamos, apesar das distâncias, além do tempo e das novas fases.
       (...)
       Eu aprendi a ser grata porque cada dia é um milagre. Cada sonho é uma oportunidade. A vida é a maior dádiva que eu poderia receber. Devo agradecer sempre pelo que tenho. Essas são as palavras de alguém que ainda não viveu muito ainda, mas tentou fazer o tempo que passou se tornar algo inesquecível.”

Retirado do livro "Aquele Verão"

terça-feira, 17 de abril de 2012

Garuda - A lenda

Fruto de pesquisas produtivas. Olhem o que eu achei, um trailer germânico do filme Garuda, baseado na lenda do mesmo. Para quem não conhecem essa, vejam o que a wikipédia diz sobre:
"Um dia a mãe de Garuda e a mãe dos Nagas fizeram uma aposta de qual seria a cor do cavalo divino que estava saindo da batedura do oceano e quem perdesse se tornaria prisioneira da outra, a mãe dos Nagas ganhou a aposta. Querendo a liberdade de sua mãe, Garuda foi até os Nagas e perguntou o que ele poderia fazer para libertá-la, os Nagas disseram que ele teria que roubar e entregar para eles a água da imortalidade dos deuses. Garuda voou até à montanha na qual a água estava guardada, mas para consegui-la ele teve que enfrentar um exército de deuses e dois dragões que guardavam a água. Feito isso, Garuda entregou a água da imortalidade para os Nagas e estes libertaram sua mãe, mas, antes que os Nagas pudessem beber da água, os deuses vieram e a tiraram deles.
Garuda é o emblema nacional da Tailândia e da Indonésia."

Morram de rir!


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Parabéns Jane

Dara Jane Lopes nasceu dia 13 de abril, não sei bem de que ano - isso depende do referencial. Piada nerd que ninguém vai entender. Ela é uma personagem da série de livros que eu escrevo "Enny Scott" - não recriminem o nome tosco. E bem, como ela não existe, eu decidi dar um presente singular em sua homenagem. Jane sempre foi uma garota reservada sobre seus sentimentos e nunca gostou de falar muito sobre sua vida, além de ser ciumenta ao extremo. Ela gosta de Nathan e fica furiosa quando percebe que ele só tem olhos para Enny depois que essa chega.

Jane é minha personagem preferida e eu sempre quis muito escrever sobre ela. Perdoe-me por colocar hoje, mas a internet caiu na sexta e sábado e domingo eu tive de fazer simulado e não me sobrou tempo.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

LIBERDADE *-*

Hoje abri os olhos e me dei contar de uma coisa maravilhosa!

As recuperações terminaram e eu estou de férias

Adeus escola! Só quero te ver ano que vem!

Mas então lembro-me que não tirei dez numa prova e fico:

Depois digo:
- Chegue logo as aulas! Vou fechar a prova do professor e provar que sou a melhor da sala.

Minhas amigas reagem assim:




Sou nerd! É! O que posso fazer? kkkkkk